DECLARACIÓN SOBRE LA IMPOSIBILIDAD DE AMNISTIAR LOS CRIMINES CONMETIDOS EN EL GOBIERNO DE BOLSONARO

La Asociación Americana de Juristas (AAJ) y Asociación Internacional de Juristas Demócratas (AIJD), organizaciones no gubernamentales con estatus consultivo ante el Consejo Económico y Social de las Naciones Unidas, señalan la necesidad de que las instituciones democráticas brasileñas lleven a efectos jurídicos concretos las irregularidades y prácticas ilícitas cometidas contra el orden democrático y la población brasileña por el presidente Jair Messias Bolsonaro y sus seguidores.

Después de las elecciones, se repiten las conductas antidemocráticas, primero, al Bolsonaro omitir reconocer la derrota electoral y, luego, al alentar expresamente la realización de actos antidemocráticos, muchos de ellos de contenido xenófobo, racista, como también discursos de odio y el estímulo a la ruptura del orden democrático.

Por su acción y omisión, el candidato derrotado en las elecciones renueva su falta de respeto al orden democrático, como ya lo había manifestado reiteradamente, incluso en relación con las pérdidas de vidas humanas durante el período más agudo de la pandemia de la COVID-19.

Los actos realizados requieren verificación y rendición de cuentas de acuerdo al ordenamiento jurídico, investigación de la existencia o no de compra de votos, distribución de recursos en periodos electorales, uso abusivo de instituciones del Estado, como la Policía Federal, la Policía Federal de Caminos e incluso el ejército brasileño para dificultar el ejercicio del derecho al voto de miles de votantes, especialmente en el noreste del país, además del hostigamiento electoral practicado contra los votantes en todo el país, especialmente en São Paulo, Minas Gerais y Río de Janeiro.

La investigación de las conductas patronales de injerencia en el derecho al libre voto de los trabajadores debe ser objeto de una investigación exhaustiva por parte del Ministerio Público del Trabajo.

Así, se requiere firmeza institucional y de la sociedad civil para frenar los actos antidemocráticos y sus características autoritarias, fascistas, nazis, xenófobas, sexistas y racistas.

A quienes atenten y hayan atentado contra la vida, los derechos fundamentales y el orden democrático se les debe garantizar el pleno derecho a la defensa, así como las garantías constitucionales. Pero es fundamental la constitución de una Comisión de Memoria, Verdad y Justicia en relación con el período de gobierno que finaliza, a fin de registrar, documentar y evaluar todas las conductas practicadas, en el ámbito público y privado, así como para responsabilizar a quienes cometieron actos ilícitos contra el orden democrático, los derechos humanos y el medio ambiente.

DECLARAÇÃO SOBRE A IMPOSSIBILIDADE DE ANISTIAR OS CRIMES COMETIDOS NO GOVERNO BOLSONARO

A Associação Americana de Juristas (AAJ) e a Associação Internacional de Juristas Democráticos (AIJD), organizações não governamentais com status consultivo perante o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, apontam a necessidade de as instituições democráticas brasileiras trazerem a efeitos jurídicos concretos as irregularidades e práticas ilícitas cometidas contra a ordem democrática e a população brasileira pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro e seus seguidores e apoiadores.

Passadas as eleições, repetem-se comportamentos antidemocráticos, primeiro por Bolsonaro omitir o reconhecimento da derrota eleitoral e, posteriormente, por encorajar expressamente a prática de atos antidemocráticos, muitos deles de teor xenófobo e racista, configurando discurso de ódio e incentivando a ruptura da ordem democrática.

Por sua ação e omissão, o candidato derrotado nas eleições renova seu desrespeito à ordem democrática, como reiteradamente havia afirmado, inclusive em relação à perda de vidas humanas durante o período mais agudo da pandemia da COVID-19. 19.

Os atos praticados exigem apuração e prestação de contas de conformidade com o ordenamento jurídico, investigação sobre a existência ou não de compra de votos, distribuição de recursos em períodos eleitorais, uso abusivo de órgãos do Estado, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e inclusive o Exército Brasileiro para impedir o exercício do direito de voto de milhares de eleitores, especialmente no nordeste do país, além do assédio eleitoral praticado contra eleitores em todo o país, particularmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A apuração de condutas patronais de interferência no direito de voto livre dos trabalhadores deve ser objeto de investigação exaustiva por parte do Ministério Público do Trabalho.

Assim, exige-se firmeza institucional e cidadã para coibir atos antidemocráticos e seus traços autoritários, fascistas, nazistas, xenófobos, sexistas e racistas.

Aos que atentam e atentaram contra a vida, os direitos fundamentais e a ordem democrática deve ser assegurados o pleno direito de defesa e as garantias constitucionais. Mas é imprescindível a constituição de uma Comissão de Memória, Verdade e Justiça em relação ao período de governo que se encerra, a fim de registrar, documentar e avaliar todas as condutas praticadas, na esfera pública e privada, bem como responsabilizar aqueles que cometeram atos ilícitos de ordem democrática, direitos humanos e meio ambiente.

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